quinta-feira, 20 de maio de 2010

Anel de prata


O lustre de prata que refletia sobre seus olhos azuis,
Transbordaram ínfimas canções que pareciam ondas propagadas no mar.
Naquele bucólico lugarejo , me vejo afastada de minha vida real,
O anel de prata que me deste naquele dia,
Hoje já não se mostra tão vivo como antes,
Vejo o cata- vento da criança girar,
Vejo meus cabelos esvoaçarem com muita força ,
A noite começa a ficar fria, a madrugada vem tão pesada, tão rápida.
O vento chega com raiva,
A lua tímida, se esconde por detrás das nuvens
E meu respirar, se torna ofegante.
Um aperto no peito faz delírios no coração,
A temperatura do meu sangue já não suporta a febre,
O pano sobre a cabeceira , molhado já não serve mais para coisa alguma.
Apenas me resta a esperança de poder sonhar contigo,
Apenas uma vez , voltar ao passado e dizer novamente o quanto morro por ti.

{Chorus}
No orvalho da madrugada, dentro do quarto, sobre a janela,
Grito para a lua, peço-lhe perdão , por deixá-la presenciar tal obcenidade.
No colo , trago apenas solto de minhas mãos ,
O anel que não devolvi,
E falo, jurando por ti
Jogá-lo do mais alto precipício,
E levar junto com ele , o que quero esquecer.

Na folha de papel, marcada com sangue,
Escrevo seu nome,
E, lágrimas caem sobre meu rosto.
O que me aperecem, são confusos contrastes .
O borrado das palavras cobrem a folha de obscuras sensações,
O tempo não tem dó
O tempo não se acalma,
Sempre correndo, sempre apressado,
Ele é como o vento das madrugadas ,
Vindo arrasando , desde o dia que adoeci.

{Chorus}
....

Hoje sinto ser meu último dia de amargura,
Me vejo mais feliz.
A fala mansa, as mãos suadas, não conseguem segurar a caneta.
Mas me sinto imensamente plena,
Pois , na certeza, esquecerei meus pecados,
Esquecerei meus pesadelos,
Esquecerei das angústias e da nostalgia que vivi por causa de você!

{Chorus}
.....

Na cela da prisão você se esconde,
E dentro do caixão , eu adormeço .
Pense em mim apenas no dia em que me deu o anel de prata,
E largue para trás o amor que, por ele, o cadáver do joalheiro, apenas implorou por viver.
By: Candy Cherry

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