Encontrei meu marido às três horas da tarde, com uma loura oxigenada. Os dois conversavam como se fossem íntimos de muito tempo. Me resguardei por alguns momentos para ver o que de novo poderia descobrir. Não haveria melhor lugar para os dois amantes se encontrarem do que no parque da cidade. Meu sangue corria quente nas veias, os olhos subtamente saltaram para fora, não via mais nada na minha frente, só os dois.
Como ria o descarado. Suas mãos gesticulavam o tempo todo, não tinham mais pudor . Como eu ardia, sentia uma falta de ar que me inchava os pulmões , não conseguia sair do lugar.
De repente, a mulher retira de sua bolsa uma pasta , que dentro havia uma espécie de caderno, e em volta um laço dourado, e ele mais eufórico ficava na presença da moça . Não me aguentei em prantos, tinha que resolver essa situação de uma vez por todas. Me aproximei dos desavergonhados e no susto arranquei o caderno das mãos do pilantra.
Comecei a remexer , não era um caderno como pensava, era um álbum de fotos. Meu marido e meus filhos haviam me preparado uma surpresa, várias fotos de nós todos numa espécie de montagem de diversos pontos e lugares dos quais sempre sonhamos ir.
A mulher era fotógrafa e desing gráfica. Minha cara foi ao chão. Sai correndo de vergonha e fui atropelada por uma bicicleta em pleno parque estadual.
By: Candy Cherry
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